terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Festival Cinema no Interior chega à Bahia

Projeto resgata a riqueza cultural e histórica interiorana, tendo a própria população local como executora do processo

Por Ascom Funceb

O interior baiano e seus habitantes vão ganhar as telas de cinema, protagonizados no Festival Cinema no Interior. O projeto, que chega pela primeira vez à Bahia, já rodou sete estados do Nordeste, além de atuar em alguns países do continente americano e contar com a parceria do Festival de Cinema de Contis, na França. Os municípios escolhidos para viver essa experiência audiovisual foram Nazaré, Ruy Barbosa, Lençóis, Andaraí e Mucugê. Moradores dessas cidades, entre estudantes, artistas e demais atores sociais, deram vida a cinco curtas-metragens, atuando, durante semanas, como pesquisadores, roteiristas, produtores e protagonistas de suas próprias histórias. O resultado será lançado no dia 31 de janeiro, às 19 horas, no Cinema Rio Branco, na cidade de Nazaré, Recôncavo Baiano. A entrada é gratuita.

Idealizado pelo cineasta Marcos Carvalho – que dirigiu junto com Wagner Miranda o longa-metragem “Na quadrada das águas perdidas” – e realizado pela Mont Serrat Filmes, o projeto tem por objetivo pesquisar, registrar e difundir as riquezas culturais e históricas interioranas, tendo a própria população local como executora de todo o processo. Oficinas de audiovisual são oferecidas durante a produção dos filmes. Os homenageados desta edição são o crítico de cinema baiano João Carlos Sampaio (in memoriam) e Jô Mazzarolo, diretora de jornalismo da Globo Nordeste.

O Cinema no Interior na sua etapa Bahia conta com apoio financeiro através do Edital Setorial de Audiovisual da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), vinculada à Secretaria de Cultura do Governo do Estado da Bahia (SecultBA), financiado pelo Fundo de Cultura (FCBA) e Secretaria da Fazenda (Sefaz). Tem também apoio do Grão de Luz e Griô, Fundação Marcos Vampeta, iits Telecom, DIMAS, TOCA Comunicação, Fábula Audiovisual e das Prefeituras Municipais de Nazaré, Ruy Barbosa, Lençóis, Andaraí, Ibicoara e Mucugê.


Relação de filmes produzidos e que serão exibidos no Cinema Rio Branco:

de NAZARÉ – BA
ESMERALDA, ficção, 20 min, cor
A ameaça de extinção da Feira dos Caxixis faz com que os feirantes, representados pelo jovem Jeremias, busquem ajuda de Esmeralda. Ela arma uma teia de sedução, desmascara o hipócrita e moralista Doutor Holando e, ao mesmo tempo, estabelece uma estranha ligação atemporal com o Recôncavo dos tempos da Inquisição.

de RUY BARBOSA – BA
LADRÕES EM CENA, ficção, 16 min, cor
Quando a Coronela Macaíba proíbe um festejo tradicional que coincide com o dia do aniversário do Coronel Anselmo, os amigos Sinzé, Boim e Lindoneia executam um plano astucioso e realizam a festa com recursos liberados pela própria Coronela.

de LENÇÓIS - BA
A LENDA DO PAI INÁCIO, ficção, 20 min, p&b
Releitura de uma das lendas mais conhecidas da Chapada Diamantina. Inácio e Kahan: dois amigos de infância, dois escravos do mesmo Barão. Enquanto promoção de Kahan a Feitor faz aflorar seu lado cruel, a escolha de Inácio para escravo-reprodutor o leva a repudiar a escravidão, recuperar suas raízes africanas e empreender uma jornada mítica em busca de si mesmo. 

de ANDARAÍ - BA
CAMINHO DE PEDRA, ficção, 15 min, cor
Natália é uma mulher que abdicou da própria feminilidade. Assumiu desde cedo as atribuições do pai no garimpo e a incumbência de sustentar suas irmãs com o próprio braço. Porém, a chegada de um forasteiro faz emergir, de forma incontrolável, seus desejos mais obscuros.

de MUCUGÊ - BA
UM SIMPLES OLHAR, ficção, 15 min, cor
Luna é uma jovem com apenas dez por cento da visão que permanece refém da busca obsessiva de seu tio por uma pedra preciosa. Sem família ou amigos que possam interceder, Luna tenta evitar o assédio crescente do tio enquanto busca um caminho para exercer sua liberdade.

Contato: montserratfilmes@yahoo.com.br

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

FUNCEB disponibiliza projeto de construção de praças de circo

Objetivo é incentivar que prefeituras invistam na estruturação de espaços adequados para o acolhimento de circos itinerantes

Em busca de estimular investimentos no acesso aos bens culturais e na atividade circense da Bahia, a Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), entidade vinculada à Secretaria de Cultura do Governo do Estado (SecultBA), disponibiliza o projeto Praça do Circo, numa resposta a uma importante demanda da classe circense. Trata-se de um projeto final de engenharia que pode ser adaptado para a construção de espaço público permanente e com infraestrutura necessária para a instalação de circos itinerantes em municípios baianos. As plantas estão abertas para download no site da FUNCEB (www.fundacaocultural.ba.gov.br) e podem também ser solicitadas diretamente ao Núcleo de Artes Circenses, setor que se prontifica a acompanhar a execução da proposta.

Desenvolvida através de consultoria do engenheiro Ely Gomes dos Santos, profissional especializado nesta área, a Praça do Circo indica a edificação de redes de luz, água, esgoto e segurança, bem como meios de acessibilidade para o público. Assim, o poder público proporciona aos artistas circenses o direito ao exercício profissional e contribui para a preservação da itinerância, própria desse segmento, além de garantir o acesso a esta arte milenar.

Juntamente com a Praça, está igualmente disponível um projeto executivo da montagem de um próprio circo, com as instruções técnicas necessárias para adquirir uma lona e para o armamento do espaço cênico interno. Objetiva-se, com a disponibilização deste projeto de engenharia especializada, auxiliar poderes públicos municipais e estaduais na construção de espaços culturais alternativos, podendo, além de estimular a passagem de circos itinerantes, ocupar a Praça do Circo nos intervalos entre a presença de um circo itinerante e outro, transformando lonas em espaços culturais de multiuso e criando alternativas para oferecer aos cidadãos novos ambientes de convívio e consumo cultural.

DEMANDA DA CLASSE – A Bahia desponta como um dos poucos estados brasileiros que contam, em sua estrutura de gestão pública cultural, com um setor diretamente ligado ao Circo, desvinculando-o das áreas de artes cênicas. O Núcleo de Artes Circenses da FUNCEB vem realizando ações que buscam manter e qualificar a atividade circense no estado – dentre estas ações, o Mapeamento e Memória do Circo na Bahia, feito através de viagens por toda a Bahia no contato direto com os circenses, surge como um registro inédito de valor histórico e cultural que, além de reconhecer e valorizar o circo, aponta as demandas existentes para o planejamento e a continuidade de políticas públicas voltadas a este setor. Os pleitos apresentados durante o Mapeamento, e ainda nas Conferências Estaduais de Cultura e diversos encontros setoriais, indicam que a principal forma de apoiar artistas e companhias circenses itinerantes é oferecendo locais adequados para a montagem de suas lonas e picadeiros. A ausência destes espaços nos municípios da Bahia é uma dificuldade grave na rotina destes profissionais.

Cultura